Por Chaplin, a vida seria “um palco de teatro que não admite ensaios”.
O drama comendo solto ali em cima, a vida acontecendo na velocidade do Tom perseguindo o Jerry e os músicos tocando no fosso de orquestra. O elenco se confundindo entre espetáculo e espectador, sem pausa. Não há nenhum interstício entre os atos, um começa antes do outro acabar.
Ainda que a sincronia torne essa epopeia (que é a vida) uma coisa ainda mais bonita, me deu vontade de solar. Um monólogo cabeça vale mais do que mil figurantes em cima do palco. É isso.
Tu quer solar comigo?
(ilustração de Chris Appelhans)
Anúncios